Satsangs

Prem Baba transmite seus ensinamentos ao redor do mundo, por meio de encontros presenciais e virtuais.

Nessa sessão você encontrará alguns de seus “satsangs”(palavra Hindi que pode ser interpretada como palestra) descritos.

Você pode filtrar por palavras chave ou temas e acessar o conteúdo transcrito.

Como Identificar e Curar as Distorções nos Relacionamentos
No dia internacional da mulher, Prem Baba fala sobre as distorções do feminino – vitimismo, subserviência, dependência e caência – e as distorções do masculino – agressividade, falsa autossuficiência, abuso de poder. O desafio de romper o círculo vicioso da violência e codependência entre o feminino e o masculino distorcidos. Como a carência e o auto-ódio dificultam a capacidade de colocar limites no relacionamento. Assumir a própria responsabilidade leva a colocar limites com clareza. A humildade e a autorresponsabilidade abrem o espaço para a Comunicação Não-Violenta, reequilibrando a energia. A cura das distorções do masculino e do feminino envolve a compreensão e o perdão na relação com os pais, curando o complexo de inferioridade e superioridade. Desequilíbrios na Natureza e nas relações sociais como consequência das distorções do feminino e do masculino. Homenagem à mulher, canalizadora da energia do feminino sagrado.
Sachcha Dham Ashram, Rishikesh - Índia
8/3/2017

Sri Prem Baba: Mamãe, Vosso brilho é tão lindo. A sombra é apenas um véu. Vossa face é iluminada. Mamãe da Terra, Mamãe do Céu. 

Você diz assim:

Pergunta: Mestre, hoje é dia das mulheres. Sempre relutei em ser mulher, mas dentro do seu trabalho passei a aceitar o meu feminino e, como num toque de mágica, tornei-me um exemplo mundial de empoderamento feminino. Mas vejo que isso aconteceu justamente por meu masculino ser forte: liderança e poder. Por que o masculino é tão mais admirado que o feminino?

Sri Prem Baba: Existe um desequilíbrio profundamente enraizado já há muito tempo. Percebemos no psiquismo humano uma porção feminina e uma porção masculina. A porção feminina se manifesta como aceitação, cooperação, gentileza e receptividade. O masculino como ação e realização. Gosto do exemplo do plantio de uma semente, onde a ação de cavar a terra e plantar a semente é o masculino e o tempo de espera para a ação da vida na semente é o feminino. Mas, em algum momento, essas expressões da consciência foram contaminadas pelo medo e, consequentemente, pelo ódio, o que gerou uma distorção nesses atributos da consciência. 

O feminino distorcido toma a forma da submissão, dependência, carência, vitimismo. A distorção do masculino toma a forma da agressividade, da falsa autossuficiência. Tudo isso representa diferentes formas de violência, tanto a distorção do feminino quanto a distorção do masculino. Conhecemos como violência, geralmente, a distorção do masculino na forma da intimidação, do abuso do poder. Mas a distorção do feminino também é uma forma de violência; e essa violência tem se manifestado na vida humana já há muito tempo. 

Uma das maneiras que alguma boa alma encontrou de equilibrar o peso da balança foi justamente criar um dia dedicado às mulheres. Quem sabe possamos amadurecer a ponto de ter também um dia dedicado ao homem. Mas, nesse momento, eu vejo esse dia dedicado à mulher como um esforço para equilibrar o peso da balança, porque é um fato de que a mulher vem sendo severamente humilhada e desrespeitada, inclusive pelas próprias mulheres. Melhor dizendo, o feminino vem sendo desrespeitado, inclusive pelas mulheres, quando elas não assumem o feminino sadio. Assim, assumir ou manifestar o feminino sadio se tornou um desafio hercúleo; até porque a distorção do masculino fechou o cerco, gerando um círculo vicioso onde o feminino negativo depende do masculino negativo. 

O feminino distorcido - que se manifesta na forma de uma submissão - é codependente de alguém que coloque a pessoa nessa posição. O intimidado se tornou dependente do intimidador; assim como o intimidador é dependente do intimidado. E romper esse círculo vicioso se tornou o grande desafio. 

Às vezes, para manifestar o feminino sadio você precisa usar o masculino sadio dentro de si, especialmente o aspecto da autoliderança - o poder que coloca limites, o amor próprio -. O amor próprio, no sentido mais adequado da expressão; é o amor por si mesmo a ponto de conseguir ter autoridade para dizer “Chega!” a esses maus tratos. Então, é bastante natural que, para se libertar do feminino negativo, muitas vezes, você precisará se valer do masculino positivo dentro de você.

É também verdade que nesse mundo admira-se mais o masculino do que o feminino. As distorções se desdobram em níveis muito profundos no ser humano. A mulher, muitas vezes, é vista como um objeto; isso vem se transformando ao longo das últimas décadas. A mulher está, pouco a pouco, ocupando o seu lugar no mundo, mas isso é fruto de uma expansão da consciência coletiva que possibilita esse amadurecimento, essa cura da distorção, pelo menos em algum grau. Ainda temos muito para curar em relação a essas distorções. Em termos gerais, ainda estamos muito distantes de uma cura, mas já podemos observar algumas mulheres conseguindo ocupar o seu lugar no mundo. Mulheres que conseguiram romper com o círculo vicioso de codependência com a violência, a intimidação e com a distorção do poder. 

Olha só um exemplo de como essa cura pode ser complexa:

Pergunta: Amado Babaji, ontem no satsang, você falou de não deixar as ações dos outros influenciarem nossa habilidade de amar. Eu sinto que a minha capacidade de sentir compaixão e ver a luz nos outros já está enraizada em mim, mas na minha última relação, essa habilidade de amar e ver a situação de uma perspectiva mais consciente fez com que eu ficasse presa na energia destrutiva e agressiva do meu companheiro. Mesmo que a sua violenta comunicação não tenha nada a ver comigo, no nível humano eu me senti humilhada e desrespeitada. Eu não consegui pôr meus limites e trazer clareza nos meus valores. Por favor, Prem Baba, você pode falar de relacionamentos de amor, de valores e como pôr limites com clareza? Como eu posso amar uma pessoa e pôr limites ao mesmo tempo, quando sabemos que esses limites foram tocados?

Sri Prem Baba: Tem muita coisa aqui nessa fala. Vamos tentar destrinchar algumas. Por exemplo, não foi a sua habilidade de amar e ver a situação de uma perspectiva mais consciente que fez com que você ficasse presa na energia destrutiva do masculino. O que fez com que você ficasse presa foi a sua dificuldade de colocar limites; porque, embora você esteja já se sentindo enraizada no amor, existe ainda alguma camada de auto-ódio que não foi identificada. E é exatamente essa camada que te impede de colocar limites. Perceba que a complexidade é que você ama essa pessoa e, nessa altura, é provável que esse amor seja verdadeiro e você veja o potencial dessa relação, e por isso você não quer abrir mão dessa relação, o que é bom! Você reconhece o potencial e quer alimentar esse potencial, mas, ao mesmo tempo, você ainda está se machucando e ainda existe dentro de si um medo de ficar sozinha.

A consciência de que os seus limites foram tocados possibilita que possa começar a refletir: por que é que você está se colocando nessa situação? Quando é que esses limites são tocados? São tocados quando você começa a perder a sua liberdade, quando começa a perder a sua espontaneidade, a se perceber tendo de fingir e de agradar, tendo de colocar uma máscara para poder sustentar a relação. Quando percebe que começou a acordar o mendigo dentro de si mesma. Mendigo de atenção, de consideração e de respeito. Aí, significa que você está se perdendo. Com certeza a distorção do masculino e do feminino roubou a cena! Ou quando percebe que está tratando o outro com indiferença, colocando-o abaixo de si mesmo. É um pouco mais difícil você perceber isso; é mais difícil perceber a distorção do masculino do que a do feminino, porque a distorção do masculino te dá força. É um falso poder: “Em terra de cego, quem tem um olho é rei”. É um falso poder, mas um poder que te ajuda muito nesse mundo. Então, você se torna cego para essa distorção. 

É mais fácil identificar a distorção do feminino. Você logo percebe o gosto ruim de ter de rastejar, rastejar para tentar conseguir energia. E, às vezes, a oscilação na energia é muito sutil. Mas, independentemente do grau de oscilação, qualquer mínima oscilação é o suficiente para entrar no jogo de acusações e começar a briga. Qualquer mínima oscilação é o suficiente para você perder a consciência da autorresponsabilidade e começar a acusar o outro. Aí, significa que você já está atravessando os limites; então, se nessa hora você conseguir respirar e, em vez de sair acusando, procurar olhar para a sua responsabilidade e conseguir expressar a atitude - talvez, a mais difícil desse mundo - de dizer: “Eu estou errado”. Se você conseguir realizar esse esforço hercúleo de ser humilde e disser: “Eu errei”; independentemente do erro do outro. Ao assumir a sua parte, você já está começando a consertar a coisa, começou a voltar para o ponto de equilíbrio.

Quanto mais você, arrogantemente, tentar dizer que o outro é que está errado, mais ele se protegerá e mais irá contra-atacar. No entanto, ao assumir a sua responsabilidade, você já abriu espaço para a comunicação não-violenta. A única possibilidade de você se comunicar de forma não-violenta é você, humildemente, assumir a sua parte do desequilíbrio da energia, de verdade. Quando você está sendo honesto e assume a sua parte, aí, você abre caminho para o outro assumir também a dele. Mas você não faz isso esperando que o outro assuma a parte dele, porque senão também é mentira essa sua autorresponsabilidade, é também um jogo para fazer o outro assumir a responsabilidade; é mentira que você está realmente assumindo. Mas quando você de verdade assume, abre caminho para se aproximar.

Você pede para que eu fale de relacionamentos de amor, relacionamento de valores. Eu vejo que uma relação madura começa quando cada qual da relação pode assumir responsabilidade pelo desequilíbrio da energia. Maravilhoso seria se as pessoas estivessem no mesmo nível de maturidade, em que os dois simultaneamente ou em tempos pequenos de diferença, assumissem a responsabilidade. Mas é raro, ainda, que duas pessoas que estão se relacionando estejam no mesmo nível de maturidade, geralmente existe uma diferença. E quem é a pessoa que está no nível mais elevado? É aquela que assume responsabilidade pelo balanço da energia. Mesmo vendo o capeta se manifestar no outro, ela olha para a própria responsabilidade e com isso dá um passo na direção da união. E quando ela puder assumir a responsabilidade, assumir seus erros, ela também poderá colocar limites com clareza. 

O amor maduro faz com que você enxergue o outro objetivamente. E, olhando objetivamente, você verá coisas muito lindas e coisas muito feias. Mas você aceita que, assim como você ainda é um ser imperfeito, o outro também é. E se a imperfeição do outro é demais para você, você precisa ter a coragem de dizer: “Chega”. E, quem é, em você, que não se sente pronto para colocar esse limite? Quem é, em você, que precisa pagar o alto preço de perder a liberdade para se manter numa relação que está te machucando? Às vezes, você não fala a verdade, não se coloca por estar com medo; medo que pode estar disfarçado até de compaixão: “Eu não posso falar porque vou ofender, vou machucar”. No fundo, você está é com medo. Está com medo das consequências que podem levar até mesmo ao fim da relação. 

Aí, voltamos de novo à dependência, voltamos ao apego. Você nunca se relaciona com uma pessoa que está manifestando uma distorção muito grande sem ter nada a ver com isso. Isso não existe. Não se engane. Eu acredito em você. Eu acredito que você já tenha enraizado a compaixão e a capacidade de ver a luz do outro, que já consegue se distanciar e ver de uma perspectiva mais consciente, mas você precisa estar atenta de que ainda existe uma pessoa que te tira desse lugar. 

Certa vez, eu li uma história de um renunciado, um sannyasi, que usava roupa laranja; já era um mestre para muita gente. Não me lembro agora o nome dele. Ele era muito reconhecido, famoso, um grande mestre. Até que um dia estava lá num acampamento e recebeu a visita da ex-mulher, na qual ele perdeu toda a iluminação dele, mas foi honesto o suficiente para tirar aquela roupa. Então um discípulo foi questioná-lo: “Por que você fez isso?” Ele respondeu: “Porque eu descobri que eu estou mentindo para mim mesmo. Porque, se eu fiquei tão perturbado com a minha ex-mulher, eu não estou no lugar em que eu achava que estava”. Profundo isso. É uma bela história. Eu acredito que esse homem estava num lugar muito alto, mas ainda tinha dentro si uma camadinha de distorção que se manifestou com uma pessoa, sua ex-mulher.

Eu sinto que você está tendo a chance de olhar para essa parte em você mesma que ainda se abala com essa violência, com a distorção do masculino. Está tendo a chance de olhar por que você ainda, de alguma maneira, precisa dessa violência. Pois, de alguma maneira você ainda está se colocando nesse lugar, um lugar de crueldade. Existe uma distorção do feminino que está recebendo uma distorção do masculino. E aí, por mais chato que eu seja, eu vou dizer de novo: olhe para os seus pais!

Pergunta: Amado Guruji, a codependência que tive com meu pai desde a infância foi transferida para a carência que tenho com o meu marido, e isso me impede de experienciar uma verdadeira intimidade e união com ele, o que me mantém ressentida e isolada. Como transformar o ressentimento profundo que sinto em todo esse jogo?

Sri Prem Baba: Como? Se harmonizando com o seu pai. É simples assim. E difícil assim. Porque talvez uma vida não seja suficiente para que você se harmonize com ele, para lavar de verdade o seu coração de toda mágoa e todo ressentimento. Para então, poder de verdade mesmo, agradecê-lo e reverenciá-lo e enxergá-lo como seu pai; e você como sua filha. É a única maneira de você parar de projetar: é se libertando da sua própria história. Se você ainda estiver encantada com sua própria história, como é que você vai deixar de projetar? Para deixar de projetar, você tem de acordar dessa história. E para isso você tem de conseguir renunciar o apego à guerra, abrir mão desse prazer negativamente orientado em se vingar do seu pai. Ou seja, você rompe com esse jogo através do perdão. O perdão é um florescimento da compreensão. Portanto, o que você pode fazer é se mover na direção da compreensão. Profundo isso. 

Podemos dizer também que o nosso trabalho visa curar essas distorções do masculino e do feminino que, olhando de uma maneira mais resumida, podemos dizer que se trata de curar o complexo de superioridade e inferioridade. A distorção do masculino se dá muito como complexo de superioridade e a distorção do feminino se dá muito como complexo de inferioridade. Isso está dentro do homem e está dentro da mulher. Até porque, nesse momento da transição planetária, estamos vivendo uma revolução do gênero. Uma revolução do gênero! É surpreendente. Mas, independentemente do gênero, todos carregam uma porção masculina e uma porção feminina. Uma porção masculina e feminina saudáveis e uma porção masculina e feminina negativas, adoecidas e distorcidas. Em última instância, você se cura de tudo isso quando se liberta da sua história. Para se libertar da sua história existe um caminho, um processo. Na grande maioria dos casos, o primeiro passo é conhecer a sua história, lidar com os sentimentos envolvidos para abrir espaço para a compreensão e, consequentemente, para o perdão. A partir daí, você pode ir além. 

Nesse processo, talvez a luz se apague. Aquela porção positiva do masculino e do feminino que você tinha de repente parece que se apaga. Parece que desaparece. Faz parte do processo, porque você precisa lidar com essa escuridão interior, até que possa renunciá-la. Aí, a luz acende e fica acesa! Do contrário, vai ficar oscilando: acende, apaga, acende, apaga, acende, apaga. Pode ser só uma camadinha pequenininha de escuridão que está dentro de você. Você pode ter iluminado 99%, pode ter chegado ao sexto chakra, mas se 1% estiver na sombra, se 1% estiver inconsciente, esse 1% te dá uma rasteira. Você não vê! Cai e não percebe por que está caindo, não percebe o que está te derrubando. A luz apaga e você não vê que a luz apagou; só vai perceber depois de algum tempo. Exatamente porque esse aspecto que te derrubou está inconsciente. Pois é!

Então eu percebo que o principal instrumento que temos para curar esse masculino e feminino distorcido são as relações. E aí eu vou te dizer: eu juro que estou querendo mudar de assunto, mas eu não consigo! Estou a semana toda falando de relacionamento; estou tentando mudar, mas não tem brecha. Porque é essencial. Porque é essencial. É o instrumento que temos para poder curar essas distorções. Que coisa, né? Que coisa difícil que é se relacionar de uma forma madura, sem se machucar e sem machucar o outro. Mas eu tenho fé no ser humano. Em algum momento, a gente consegue. Quem sabe se esse momento é agora? 

É engraçado, né? A pessoa vem para a Índia em busca de Deus, vem em busca de iluminação espiritual e aí arruma um namorado. A mensageira de Deus, que é Maya, põe alguém na sua frente. E aí, você inevitavelmente tem de se dar conta de tudo que há dentro de você que ainda precisa ser curado. E aí, se não é um namorado, porque você não está mais nessa, coloca o recepcionista do hotel para brigar contigo, põe o garçom do restaurante... A vida é relacionamentos! 

No Brasil, existe um termo que é “corpo fechado”. E as pessoas de um grupo específico de almas vivem correndo atrás de feiticeiros para poder fechar o corpo, para o corpo se fechar para ataques espirituais e para se sustentar no bem e no bom. Mas o que essas pessoas não sabem é que o fechamento do corpo só é possível, quando você tiver curado as distorções do masculino e do feminino. Qualquer distorçãozinha que exista dentro de você te deixa vulnerável às quedas. Porque existe carência, e a carência te derruba. Você não se livra da carência fazendo uma macumba. Você se livra da carência com o exaustivo trabalho de autoconhecimento e autotransformação: essa foi a conclusão a que eu cheguei. 

Então, nesse dia dedicado ao feminino, dedicado à mulher como canal máximo do feminino, vamos reverenciá-la. Vamos cantar para a mulher, vamos cantar para o feminino, vamos honrar o feminino. Vamos honrar essa luz, essa manifestação da consciência que nos acolheu no ventre por tantos meses, que nos nutriu e que ainda nos nutre. Em algum momento, a mãe terrena dá lugar para a shakti. Em algum momento, essa transformação interior ocorre. Chega um momento em que você reverencia sua mãe terena por compaixão. Ela vê, às vezes, em você, um filho, mas você não a vê mais como mãe. Por compaixão, você a trata como mãe. Você sabe que ela ainda não está podendo te ver. Chega um momento em que você reconhece a shakti como mãe - Shakti é a Luz universal -. Aqui chamamos de Kali, Durga, Lakshmi, Sarasvati, mas em outros lugares, tem diferentes nomes. Mesmo aqui essas manifestações têm muitos desdobramentos, mas Maria, Maya, Isis, Perséfone, Cibele, Oxum, Iemanjá, Sarasvati, Annapurna, Parvati são nomes e expressões desse Eterno Feminino. Em algum momento, deixamos de honrar esse feminino; essa é a causa da falta de água e da fome no mundo. É assim que eu compreendo. O masculino distorcido se tornou meio de sobrevivência aqui neste mundo de ilusão. Tem de ter coragem para romper com isso! Estamos indo, estamos indo. Está acontecendo, pouco a pouco. 

Abençoado seja cada um de vocês. Que o amor e a sabedoria iluminem os passos da sua jornada.

Até um próximo encontro.

NAMASTE.