Satsangs

Prem Baba transmite seus ensinamentos ao redor do mundo, por meio de encontros presenciais e virtuais.

Nessa sessão você encontrará alguns de seus “satsangs”(palavra Hindi que pode ser interpretada como palestra) descritos.

Você pode filtrar por palavras chave ou temas e acessar o conteúdo transcrito.

O Processo de Purificação e a Relação Guru-Discípulo
Felicidade como consequência da autorrealização. Compreensão e conhecimento iluminam a confiança no processo de transformação. O caminho iniciático e a relação guru-discípulo. O karma e o processo de purificação. ABC da Espiritualidade: purificação e transformação do falso eu. Purificação e graça divina. Síndrome do pânico e depressão, dois sintomas do processo de purificação. Dois lados do orgulho. Psicoterapia para enfrentar os sentimentos negados.
Sachcha Dham Ashram, Rishikesh - Índia
28/2/2017

Sri Prem Baba: Eu lhe convido a fechar os olhos e a se recolher por um instante em silêncio. Alinhe seu corpo, mas lembre-se de que alinhamento não é rigidez. Relaxe o corpo, especialmente os ombros, os braços, relaxe o rosto. E como uma varredura, dê uma passada com as mãos no corpo dos pés à cabeça, localizando os pontos de desconforto e relaxe. Respire suave e profundamente pelas narinas e permita-se relaxar na confiança. Na confiança de que neste momento, aqui e agora, está tudo absolutamente certo. A confiança de que você está no lugar certo e na hora certa, porque você se permitiu ser guiado pelo coração. Permita-se ser banhado pela gratidão, a gratidão de poder ter seguido o comando do coração, de poder estar aqui desfrutando dessa comunhão com o sagrado espírito, tendo a chance de desvendar o amor, de trilhar o caminho da iniciação espiritual. Quando sentir vontade, abra os olhos e vamos seguir jornada conversando um pouco a respeito da jornada da alma, dessa fase da jornada onde iniciamos a busca consciente pela felicidade. A busca consciente pela autorrealização e também pela felicidade - já que a felicidade é um produto, uma consequência da autorrealização - que é um perfume do ser que nos habita. 

A jornada tem desafios próprios que precisam ser compreendidos; a compreensão ilumina a confiança e, consequentemente, a aceitação. Isso faz a sua jornada se tornar mais leve. Muito do peso que carregamos durante a jornada é por falta de compreensão do porquê de determinados episódios e, por isso, é dito que conhecimento é poder. É um poder que ilumina o caminho; mas você só se torna a luz do caminho quando o conhecimento se transforma em sabedoria através da experiência; quando você se permite colocar em prática os ensinamentos e absorve o conhecimento. O conhecimento deixa de ser uma crença porque você experienciou, testou, validou e pode então discernir entre o que é verdadeiro e o que é ilusório. A sabedoria te faz lúcido e essa lucidez te liberta.

O discurso que normalmente ofereço durante os satsangs tem o objetivo de contribuir com esse processo alquímico de transformar o conhecimento em sabedoria. O ensinamento visa iluminar a compreensão.

Pergunta: Querido Prem Baba, desde minha iniciação, minha vida tem acontecido em outra rotação. Vários episódios de entrega, várias oportunidades de liberar karmas, vários momentos de ampliação da consciência. Ainda em soluços, sustos e momentos de profunda tristeza ou alegria. Como tornar essa jornada mais fluida?

Sri Prem Baba: Além do seu sadhana, tudo o que você pode fazer é dar o seu melhor para conectar o seu coração ao meu coração. Estou falando especificamente para você que assumiu esse compromisso com o meu ser. Você que formalizou um vínculo entre mestre-discípulo através da iniciação espiritual: dê o seu melhor para colocar sua mente na minha direção. Esse é um mistério do caminho iniciático, você conecta o seu coração com um coração liberado: o seu coração se libera. Se você colocar sua mente na direção de uma mente liberada, sua mente se libera. 

O processo de liberação passa por episódios de purificação. Na busca incessante pela felicidade, cometemos equívocos, geramos karmas. ‘Karma’ é uma palavra em sânscrito que significa ação, mas que diz respeito a uma lei desse plano - que é uma lei mecânica de ação e reação -. Ninguém escapa do karma. Como compreendeu Isaac Newton: toda força de ação provoca uma força de reação; elas são iguais e tem sentidos contrários. Assim é, com uma força mecânica gerada pelo corpo, por pensamentos, palavras e ações. Tenho dito repetidas vezes: aquilo que você pensar, você criará; o que você sentir, você atrairá. E estando a entidade humana em evolução com a visão coberta pelo véu da ignorância, ela acaba cometendo equívocos. Esses equívocos ou os resultados das suas ações equivocadas ficam acumulados no seu sistema. E quando você inicia sua jornada espiritual de forma consciente, você recebe energia para purificar essas marcas. É como se você fosse conduzido para um lugar de purificação aonde você vislumbra o eterno, vislumbra a verdade - que é a liberdade de ser você mesmo – e, às vezes, se depara com sentimentos aterrorizantes, mortificantes. Aí, você não tem a menor notícia de onde isso vem e nem por que vem, mas é por estar nesse processo de purificação que você é conduzido ao seu ponto de queda, para então poder se reerguer. 

Esse processo de purificação é obviamente a fase mais desafiadora da jornada. Quanto mais apego você tem ao resultado das suas ações, quanto mais apego você tem àquilo que você é, quanto mais apego você tem àquilo que você construiu como identidade, mais difícil vai ser. O sofrimento é proporcional à dimensão do apego. Se mover em direção ao Mestre espiritual significa abrir mão da sua falsa identidade. Agora, uma coisa é falarmos sobre a desconstrução do falso eu; outra coisa é viver isso. Uma coisa é você ouvir falar sobre a retirada da armadura, outra coisa é retirar a armadura. Como acabei de dizer, o conhecimento é o primeiro passo, mas o conhecimento precisa ser transformado em sabedoria. Você pode compreender, conhecer ou até entender o processo de retirada das máscaras, mas é outra coisa viver isso. E você vai precisar de confiança para completar essa travessia porque a travessia, às vezes, é dolorida. Às vezes, você precisa atravessar um deserto, precisa se deparar com seus medos, com sentimentos e mais sentimentos que negou por muito tempo. Essa esfera de purificação - que eu chamo também de ABC da espiritualidade - envolve transformação ou reeducação do eu inferior, inclui gerenciamento das emoções, não é a fase mais importante do processo, mas é absolutamente necessária! Não há como evitar esse lugar de purificação se você tem o que purificar. Se você tem o que purificar, não há como evitar a purificação; e você tem de estar bem instrumentalizado para fazer essa travessia, caso contrário, você sofrerá um pouco mais, desnecessariamente. Por exemplo:

Pergunta: Querido Baba, quando silencio entro em contato com um grande desconforto; é um medo que é sentido na região torácica. Hoje, depois de algum caminhar, posso observa-lo e perceber o quanto ele já me prejudicou em minha jornada. Quanto tempo eu perdi, quantas voltas eu dei para não confronta-lo, mas ele continua ali de sentinela dia e noite. Sinto que é um medo ancestral, impregnado na minha essência e que se manifesta na sensação de que algo muito ruim acontecerá. Uma catástrofe vai ocorrer se eu relaxar, se eu entregar. Preciso me libertar dessa entidade para também abrir caminho para meus filhos; por favor, me dê um norte. Por onde começo?

Sri Prem Baba: Você começa entendendo a importância de pular nesse abismo de sentimentos negados. Se você não tiver convencido da importância de reviver esses sentimentos que estão sufocados dentro de si, você não irá pular nesse abismo de sentimentos negados. Por quê? Porque é aterrorizante! Como é que você vai entrar nesse núcleo de medo se já não houver, de alguma maneira, compreendido que essa é a única saída do labirinto? O labirinto da mente. Se você tem esse núcleo de sentimentos negados, você pode tentar se desidentificar dele o quanto quiser, mas não é possível. Você não consegue nem relaxar, tampouco silenciar. Nesse caso, toda a ideia de se colocar presente se torna uma teoria muito distante e embora a presença seja a chave mestra, a chave não está ao seu alcance. Para você conseguir ter acesso a essa chave, você precisa passar por esse abismo dos sentimentos engados. Nesse caso, existe uma porta para esse abismo. Já para o mundo celestial não existe porta, nem paredes. Como vimos anteriormente, não há barreiras, mas os mundos inferiores dentro de você, os mundos infernais dentro de você, esses têm porta. Nesse caso, qual é a porta? O medo. Você tem de entrar por essa porta, tem de encarar esse medo, tem de compreender esse medo, tem de ver o que ele está guardando, até que você possa, em algum momento, compreender que isso não tem uma existência real. Tem de encarar o fantasma e ver que ele é feito de pensamento, mas se você não tiver disposição de encarar o fantasma, ele continuará a te aterrorizar. Esse fantasma é uma história, é uma história que você realmente acredita porque você, enquanto ego, viveu certas experiências que te marcaram e geraram sentimentos, os quais você não pôde expressar nem elaborar. E isso acabou te prendendo a esse núcleo de memórias dentro desse drama. Fez com que você ficasse encantado com a sua história. E para se desencantar, se libertar dessa falsa identidade, você precisará encarar esse medo. Eu acho pouco provável que você consiga fazer isso sozinho, talvez precise de apoio de um bom terapeuta que te ajudará a atravessar. 

Quando o buscador está suficientemente maduro – e maduro significa que ele está entendendo como o processo de cura funciona e já sabe da importância e da necessidade de pular nesse abismo de sentimentos negados, para poder olhar de frente para tudo aquilo que precisa ser transformado e poder ir além dessa identificação com a própria história – então, geralmente, eu dou um empurrão. Mas obviamente que, às vezes, parte dessa preparação envolve encontrar alguém mais próximo –  um terapeuta – para dar suporte. Entrar nesse lugar pode ser tão desesperador que a pessoa não dá conta, surta, entra em emergência espiritual. Entra naquilo que é conhecido na psiquiatria como síndrome do pânico – só quem já passou por isso sabe o que é – onde a pessoa fica num estado tal que não consegue sair de casa, tem medo da respiração, é aterrorizante! E aí, não existe teoria de transcendência que faça algum sentido, ela só sabe que está aterrorizada e quer um alívio para aquele sofrimento. Outros entram em depressão profunda. Ao mesmo tempo, tanto a síndrome do pânico quanto a depressão profunda são sintomas desse processo de purificação. Às vezes, a pessoa não está devidamente preparada para lidar com essa purificação, não está munida de conhecimento. O setting não foi devidamente preparado. Então, em casos como esses, onde há necessidade de episódios de cura, o campo tem de ser bem preparado. A graça divina te ampara e, muitas vezes, até mesmo opera milagres. É claro que todos esperam por um milagre. Todos querem se libertar sem ter de sofrer nada, mas nem sempre é possível. Às vezes, acontece. Às vezes, você tem o bom karma de receber uma cura sem grandes esforços; você se livra de um vício, uma compulsão, sem mesmo ter entendido de onde veio nem porque veio. Presente do Divino! No entanto, muitas vezes, você tem de fazer a sua parte, tem de passar por esse funil que é lidar com esses sentimentos negados. 

Ainda dentro dessa esfera do ABC:

Pergunta: Amado Baba, sou eu, aquela do complexo de superioridade. 

Sri Prem Baba: Para quem não estava aqui nos dias anteriores, esse complexo de superioridade se manifestou no salão...

(Continuação): Como você disse, o orgulho tem dois lados: superioridade e inferioridade. Ambos existem em mim e os tenho observado por algum tempo. Depois de você ter respondido minha questão outro dia, eu comecei a procurar as vergonhas, e achei. Encontrei a ferida da minha infância de onde isso está vindo. Estou pronta para cura-la. Qual o próximo passo?

Sri Prem Baba: Então, estou dizendo que independente de ser medo, de ser orgulho, luxúria, inveja ou de ser compulsões, estou falando de mecanismos de defesa, que estão encobrindo uma dor. No caso do orgulho, a pista que eu dei foi ir atrás das vergonhas. A vergonha sempre acaba sendo de grande ajuda para encontrar essas feridas do corpo emocional; acaba sendo uma via de acesso a essas contas abertas com o passado e aí, perseguindo a vergonha você chegou a alguns núcleos. Você chegou a um espinho cravado na sua carne; agora esse espinho tem de ser removido. Se existe sentimento para ser liberado, libere. Tenha coragem de entrar nesse núcleo de memórias. Lembre-se de que você é um explorador da consciência e, como explorador da consciência, precisa entrar em lugares estranhos, precisa entrar em lugares desafiadores dentro de si. Ao entrar nesse lugar e liberar esses sentimentos guardados, você ventila essa área do seu corpo emocional e abre espaço para a compreensão. Você consegue se distanciar desse eu que está encantado com essa história, dessa história onde você foi humilhado, excluído, rejeitado, abandonado. Aí, você abre espaço para perceber que esse eu não é você, que é um passado da sua personalidade e não você. Você está identificado com essa parte da sua personalidade porque não pôde chegar a um acordo com essas marcas, com esse passado que ainda guarda sentimentos, ainda está carregando mágoa, ressentimento e sentimento de injustiça. Ainda dói o que se passou com a sua personalidade e por isso mesmo que você precisa se defender através do orgulho, do medo, das compulsões, disso e daquilo. 

Você não se livra dos mecanismos de defesa sem desfazer o núcleo que está dando origem a ele. Você pode passar a vida inteira tentando se livrar do ciúme, da inveja e do orgulho sem jamais conseguir. Você não se livra de um orgulho somente através da vontade consciente. Você não se livra do ciúme porque não quer ser ciumento. É limitado tentar se livrar desses "eus" psicológicos porque você não consegue; mas quando você tira o espinho da carne, esses mecanismos caem, desaparecem. Então, chega um momento em que o próximo passo é uma mudança do foco da sua identificação até que você possa se libertar de toda essa identidade. Existe um caminho e se você não conhece o caminho vai dar cabeçada, sofrerá desnecessariamente. Uma última pergunta:

Pergunta: Amado Mestre, conheço você já há uns 7 anos e ainda não fiz a iniciação. Se eu desencarnar hoje, eles vão me deixar entrar no paraíso ou vão perguntar “Você fez iniciação com o Prem Baba?”. Gostaria que você falasse um pouco mais obre isso.

Sri Prem Baba: Eu tenho certeza de que você não vai ser barrado no paraíso. A iniciação não é para todos. A iniciação é para algumas pessoas. A pessoa que, nesta encarnação, precisa passar pela iniciação espiritual, sabe que precisa. Esse é um assunto que de vez em quando retorna ao salão e eu tenho sempre lembrado a importância de você não se prender a um modelo: não existe uma receita para todos. Cada um vai de um jeito diferente. Eu não exijo nada de você. Você vem aqui, senta, recebe meu darsham, recebe meus ensinamentos e vai com isso se desenvolvendo. Alguns compreendem que a iniciação está no caminho dele. Àqueles que entram em dúvida em relação a isso eu sempre digo: então não é para você. Se você está na dúvida se casa ou se compra uma bicicleta: compre uma bicicleta! Não se force a casar. Podemos ficar namorando aqui por toda a eternidade! Mas alguns vieram para se casar. Você não deve fazer disso um problema. Onde o seu coração quer estar? Seu coração conhece o caminho. Ele te leva.

Mas aquele que veio para trilhar o caminho iniciático pode fugir o quanto ele quiser, em algum momento... em algum momento será capturado. Não há como fugir. Ele acha que foge, mas na verdade é só um tempo de amadurecimento. Vou lhe contar algo um pouco mais íntimo desse processo. 

O discípulo ou o buscador que está no caminho de se tornar um discípulo tem a ilusão de que escolhe o Mestre espiritual, mas de onde ele está não pode escolher o mestre. É o mestre quem consegue ver o discípulo, consegue ver as vidas passadas e as vidas futuras. Em alguns casos, o Mestre está guardando o discípulo no ventre por muitas vidas até que o buscador tenha desenvolvido confiança o suficiente, porque ele precisará ter confiança para atravessar o processo de desconstrução do falso eu. Somente quando o discípulo tiver desenvolvido a confiança o suficiente, poderá entregar a cabeça do ego para o Mestre passar a espada. Olha o meu caso: eu estava lá em São Paulo, no Brasil e meu guru foi me encontrar lá! Eu nunca tinha visto uma imagem dele, nada. No auge de uma crise, entrei em meditação e vi o rosto dele. Ele foi me buscar lá. Isso não é uma coisa que a mente fabrica. Eu confesso que quis muito fugir do Maharaji. No meu caso, foram cerca de três anos fugindo. Depois que eu tinha já me iniciado com ele, tinha a foto dele no meu altar. Eu passava pelo altar assim... mas percebia que estava fugindo, eu percebia. Tinha um observador, conseguia observar que tinha alguém dentro de mim com medo: e se ele levar embora minha vida toda? Daí, de vez em quando, eu via os swamis do ashram, andando de dhoti e pensava assim: “Olha o que me espera...”. Passei por isso, passei por isso! Estava apegado aos meus apegos: ‘Aqui não... aqui é meu, meu! Tudo meu’! Foi assim comigo. Aí, de vez em quando, o ego dava uma cochiladinha e eu me lembrava dele. Aí, eu pensava talvez, quem sabe... e assim foi indo. Até que um dia aconteceu, parei de brigar. Me rendi, me rendi ao destino. Me rendi ao amor. Eu gostava de brigar, gostava de sofrer; meu prazer estava nisso, numa briga, numa guerra. Eu não sabia, mas era assim que estava. O Maharaj foi me apertando até que a confiança suficiente emergiu. Ele foi, aos poucos, nesse tempo; cortou primeiro uma perna, depois a outra, depois um braço, depois outro braço. Até que um dia, eu tinha confiança suficiente. Daí, ele passou a espada na cabeça. Esses são os mistérios da iniciação espiritual que, em síntese, significa que você tem de esquecer que é um homem, que é uma mulher, um filho, um pai, uma mãe, uma personalidade; é ir além de todos esses papéis, além da ideia de identidade. O amor não tem endereço para se corresponder, ele ama a todos. 

Enquanto você estiver identificado com algum aspecto da sua personalidade, você acha que ama se a pessoa fizer aquilo que você espera. O sol ilumina a todos por igual, a água sacia a sede de todos. É para essa direção que nos movemos, cada um no seu ritmo, pois cada qual tem um karma, tem seu tempo para purificar esses karmas. Não existe uma receita que sirva para todos, mas todos chegam ao mesmo lugar; o rio inteiro deságua no oceano. E o oceano nunca recusa um rio, nunca julga o rio nem o caminho que o rio fez; ele simplesmente recebe o rio. OK?

Abençoado seja cada um de vocês. Que sejamos agraciados com a sagrada compreensão. Até um próximo encontro.

NAMASTE