Satsangs

Sri Prem Baba: Temos aqui muitas boas perguntas.

Pergunta: Querido Baba, venho de uma trajetória de estudos em relação à espiritualidade. Sempre fiz práticas, mas ainda estou no nível do conhecimento e não da experiência. Gostaria muito de saber se existe diferença entre iluminação, ascensão e autorrealização. E, se uma vez que a iluminação ocorre, ainda existe a possibilidade de cair no eu inferior ou nas sombras.

Sri Prem Baba: O que é que vai mudar na sua vida você saber disso? Saber disso, ao invés de verdadeiramente mover algo em si, só vai te ajudar a ficar um tempo a mais nos labirintos da mente. A resposta para essa pergunta - se vem de fora - é como embalar o seu sono. Embalar o seu sono e poder se aprofundar no sonho. Iluminação significa acordar, deixar de sonhar. Se você estiver sonhando com a iluminação, você não pode se iluminar. Faz-se necessário parar de sonhar com a iluminação. A iluminação só é possível para quem está acordado, só é possível quando você tiver deixado de sonhar. E, por sonho, eu me refiro às fantasias a respeito de quem é você, a respeito do que você veio fazer aqui. 

Às vezes, você sonha com coisas bem mundanas ou com aquilo que considera ser mundano e, às vezes, sonha com aquilo que considera espiritual. Mas sonho é sonho; independentemente de você estar sonhando em se tornar uma pessoa famosa ou uma pessoa espiritual, você está sonhando. A iluminação se dá quando estiver acordado. E, para acordar, você precisa abrir mão desse conhecimento. O conhecimento tem um papel no jogo, ele te ajuda a se mover até um determinado estágio da jornada, mas a partir de um determinado momento, ele começa a te intoxicar. O conhecimento se torna um alimento para a mente. Se você não estiver atento nesse momento, em vez de trabalhar para se colocar total na sua ação, você vai adquirir mais elementos para continuar sonhando. 

De qual lado da porta você deixou os seus sapatos? Onde você guardou a chave do seu quarto? Qual a cor da roupa que você está usando agora? Chega uma fase em que você precisa abandonar tudo o que você sabe sobre Deus para poder experienciá-lo diretamente. Você só pode experienciar Deus diretamente se estiver acordado. Se você estiver adormecido e sonhando, você perderá essa oportunidade e Deus será somente uma crença, uma ideia que você leu em algum lugar. Chega um momento em que o seu trabalho é se esvaziar, inclusive do conhecimento. : 

Voltar a ser como uma criança: aí, você pode ser preenchido pelo Espírito Santo. Para ser preenchido pelo Espírito Santo, você precisa estar realmente receptivo. Então, o espírito divino te pega e te leva. O saber é uma fase da jornada, mas chega um momento em que você precisa ser. E, para isso, você precisará de um quê de humildade. Saber pode ser um poderoso mecanismo de defesa: você sabe tudo, tem resposta para tudo. Disputa com o Google! É um oráculo ambulante. Perceba que isso é uma maneira de se proteger de alguma coisa. E, para se proteger, você precisa entender, saber, mas cai num círculo vicioso, que é o labirinto dos conceitos, das teorias. É como um labirinto; não há espaço para o coração, não há espaço para você. Só para aquilo que você pensa, que acredita saber.

É de fato curioso que, quando ocorre o esvaziamento e você é preenchido pelo Espírito Santo, você ganha acesso à sabedoria universal e possui resposta para perguntas que nem você mesmo fez. Por isso, eu sugiro que não se preocupe com essas questões. Eu tenho, inclusive, ressignificado o conceito clássico de iluminação, justamente para evitar que você sonhe com ela. Eu tenho dito que o que você precisa nesse mundo é conseguir agradecer à vida, você precisa conseguir parar de reclamar, aprender a se relacionar sem se machucar e sem machucar o outro. Isso é bem concreto e isso só é possível se você estiver acordado. Só se você estiver presente é que poderá deixar de reclamar, poderá ver a beleza da vida e, por tanto, poderá agradecê-la. Aí, poderá se relacionar sem se machucar e sem machucar o outro. No entanto, se estiver adormecido, se estiver sonhando, você será tomado por esses condicionamentos que estão tão profundamente arraigados, há milênios: os condicionamentos de se sentir uma vítima, de acreditar que há motivos para reclamar, para se sentir injustiçado e, portanto, motivos para procurar culpados e acusar o outro. Consequentemente, sentir-se culpado porque você se torna canal do mal, de um ódio que se manifesta em relação a si mesmo e em relação ao outro. Então, se você estiver dormindo, você sonhará esse sonho coletivo que está baseado nesse eu vitimizado. 

O que eu estou lhe sugerindo é algo bem prático. Espiritualidade prática. Talvez, comprometer-se com a austeridade de renunciar à reclamação. Essa é uma maneira de você se manter atento porque, quando começa a reclamar, é sinal de que você está perdendo altitude. Você começou a cair. E, se você não interromper a reclamação, você continuará caindo, caindo, caindo e não saberá quando é que chegará a algum lugar. Isso acontece porque você está se identificando com a vítima e segue caindo nos jogos de acusação e, aí, começa a se envolver com a lama. Começa a se lambuzar com a lama. E quando é que você terá a chance se tomar um banho de novo? Nunca se sabe. Tomar um banho de autorresponsabilidade, de perdão: um banho de amor. Não dá para saber quando! 

Então, se você estiver atento a esse compromisso de interromper a reclamação, você estará fazendo um grande sadhana, uma grande e poderosa prática espiritual. Se você estiver atento para sustentar a presença, o coração aberto enquanto você se relaciona para evitar dar passagem aos impulsos inconscientes, que envolvem os joguinhos de perde e ganha, de intimidar o outro para você tirar alguma coisa dele, de fazer o outro se sentir menos para tirar alguma coisa dele, ou se colocar abaixo ou acima, se você puder estar inteiro de verdade: isso é uma poderosa prática espiritual. E perceba que, até aqui, não falamos de chakra, de kundalini, de clarão na cabeça, nada! Mas, na medida em que você acorda e que sustenta a presença, você começa também a perceber os aspectos mais sutis da vida. É possível que alguma coisa aconteça com você. É possível que a energia kundalínica comece a se mover dentro de você, mas isso é outra história. Se isso acontecer, você será orientado da forma correta no momento certo. Você não precisa saber disso agora, porque acaba sendo uma distração, é só alimento para a mente. 

Maharajji é um grande santo; quando ele estava no corpo físico irradiava luz e amor indescritíveis. Mas era uma pessoa muito simples; ele te guiava nos mistérios da existência só com a energia e, às vezes, com uma ou duas palavras. Certa vez, eu estava com um livro na mão e ele perguntou: “Prem Baba, o que é que você está lendo”? Eu expliquei e ele disse: “Eu não leio nada. Para que que você está lendo?”. Ali, ele tirou todo o meu conhecimento. Compreende o que estou dizendo? Comecei a me esvaziar, até um ponto em que eu cheguei nele realmente vazio. Era como se eu dissesse: “Eu não sei nada”. Cantei aquela música que diz: “Eu não sei nada sobre Tantra, eu não sei nada sobre Yoga, eu não sei nada sobre nada. Eu só sei do seu amor. Preencha meu pote vazio com o néctar do seu amor. Pegue a minha mão e me leve”.

Existem sonhos e sonhos; aqui há um exemplo de outra qualidade de sonho porque até então estávamos falando de um sonho acordado e você perdido no labirinto da mente. Agora aqui está um outro exemplo, que é um sonho que se passou à noite quando o corpo estava dormindo.

Pergunta: Querido Babaji, nessa noite tive um sonho muito significativo: estava dirigindo meu carro, que era uma van. Tinha algumas pessoas nos bancos traseiros. A estrada era bela, com muitas curvas e paisagens belíssimas. Em um determinado momento, vi uma turma pedindo carona. Pensei: “Tem espaço aqui”. E parei, achando que poderia levar alguns deles, mas todo mundo entrou e o carro ficou lotado. De repente, eu já não dirigia mais. Tinha alguém no volante. Percebi que nessa turma tinha todo tipo de vício e muita luxúria. Tenho observado essa minha tendência de permitir que energias estranhas entrem no meu sistema. Mas como manter esse observador no sono noturno?

Sri Prem Baba: Essa é uma boa pergunta porque te ajuda a acordar. Você quer saber: “Como eu me mantenho acordado enquanto meu corpo está dormindo?” Você só estará acordado enquanto o seu corpo estiver dormindo se estiver acordado enquanto seu corpo estiver acordado. Quanto mais presente estiver aqui, agora, mais você poderá se perceber no plano astral enquanto seu corpo estiver dormindo. Isso lhe ajuda acordar. Há um pequeno truque de, quando você se perceber no astral, puxar o dedo. Porque no astral, ele estica. Se você pula, você flutua, porque não há gravidade. Aí, você perceberá: “Opa, estou aqui. Estou nesse lugar. Meu corpo está dormindo, mas eu estou aqui”. E aí, você pode inclusive ter acesso à outra dimensão da vida, mas essa dimensão só se descortina para você se você estiver acordado aqui. Você está descrevendo uma experiência noturna que eu diferencio de um sonho onde, muitas vezes é só uma descarga de impressões que você adquiriu durante o dia; às vezes, é uma forma de você liberar um pouco os seus desejos porque não pôde chegar a um acordo com eles. 

Então, o sonho noturno pode ser somente uma descarga de energia ou de impressões que você acumulou e que estão sobrecarregando. Você pode ter ficado impressionada com o filme que assistiu aí, sonha com aquilo durante a noite. Ou teve contato com um desejo que você não está podendo realizar aí, sonha com aquilo durante a noite. Isso é o que eu chamo de sonho, uma experiência superficial. É como um descarrego, mas se você se aprofunda no sono noturno é possível ter outra qualidade de sonhos, que diz respeito ao seu processo pessoal de autotransformação. Você ganha acesso à informação sobre seu processo que é esse tipo de sonho que você teve. Você está percebendo que, se não estiver atenta, acabará sendo tomada pelo vício e pela luxúria. É um sonho premonitório. Quando isso chega ao astral significa que, em um cochilo, você é pega aqui no físico, porque os "eus" estão procurando uma brecha. Essas pessoas que estão aqui pedindo carona, estão ali à espreita: num cochilo, elas entram. E, se você se aprofundar no sono, será possível ter ainda outro tipo de sonho, um sonho espiritual - que não é mais um sonho -. 

O sonho espiritual é uma experiência onde você está consciente e é levado para aprender certas coisas que você precisa. Aí, sim, você é levado para conhecer certos aspectos que são considerados esotéricos, mas é uma experiência que você está tendo e poderá comprovar depois. Se duas pessoas diferentes saem do corpo, visitam uma estrela e têm acesso a certa informação do que há lá, a informação tem de coincidir, pois não há duas verdades, só há uma. O que faz a gente ter a impressão de que são muitas verdades é justamente o estado de adormecimento, é o sonho que entorpece a percepção. 

Então, o que você pode fazer para acordar enquanto o seu corpo estiver dormindo é você dar o seu melhor para estar presente aqui e agora. Eu estou lhe dando algumas dicas bem simples e bem práticas: não reclamar, ver se você está com o coração preenchido de gratidão, sustentar a presença enquanto se relaciona. E, aí, você entrará em contato com aspectos dentro de si que precisam ser transformados. Você entrará em contato com tumores do seu corpo emocional que precisam ser removidos, por exemplo:

Pergunta: Amado Baba, você disse para observarmos as relações em que precisamos acertar as contas. Para pensarmos o que faríamos se tivéssemos cinco dias na Terra. 

Sri Prem Baba: Foi um exercício que eu passei anteriormente: se você fosse morrer daqui a cindo dias, o que você faria com esse tempo que lhe resta? Aí, essa pessoa continua dizendo:

Pergunta: Sinto um grande desconforto com uma pessoa da sangha, uma pessoa bem importante na organização, mas uma parte de mim simplesmente não quer fazer as pazes, não sente compaixão. Consigo até ver uma menininha emburrada, fazendo bico, dentro de mim. Como abrir meu coração? Sinto um grande amor e admiração por essa pessoa da sangha, mas algo em mim se fecha. Está fechado. Sinto medo e, às vezes, indiferença com a dor que eu sei que ela está sentindo.

Sri Prem Baba: Esse é um exemplo de sonho. Isso é um sonho. Quem pode garantir que essa pessoa está sentindo dor pela sua indiferença?  Quem pode garantir que ela está vendo a sua indiferença? Pode até ser que isso esteja ocorrendo, mas pode ser que não também. Perceba que existe uma parte em você que está escolhendo permanecer na birra e manter o coração fechado. Existe uma parte em você dizendo: “Não dou, não dou e não dou”. E, nessas alturas, as pessoas da sangha podem até estar pensando: “Puxa, será que sou eu?” Isso serve para todos. “Mas se é uma pessoa importante na organização... quem será?” E essa pergunta está na mesma tônica: “O que é o chakra? O que é iluminação, ascensão, autorrealização?”. É, mais ou menos, a mesma coisa. Alimento para a mente, para o adormecimento. 

Então, se você estiver nesse momento perguntando se o problema é com você, solte isso, porque existe uma tendência do sonho de envolver outros, existe uma tendência de se sonhar coletivamente; ninguém quer estar no inferno sozinho. Você quer uma companhia, sempre. Aí, você envolve as pessoas nos seus dramas, sofre quando a pessoa não aceita o convite para entrar nos seus dramas; esse é um insight sobre essa questão. Talvez, o ponto principal ou o insight principal é que, nesse processo de despertar, quando você estiver dando o melhor para a aventura de estar inteiro aqui e agora, você entrará em contato com esse tipo de coisa. São aspectos da sua personalidade que estão tentando te segurar no sonho. É realmente importante identificar esses aspectos. Aqui você identificou uma criança birrenta que está revoltada e chateada com alguma situação na qual você acredita que o outro te fez algum mal. Eu não estou descartando a possibilidade de o outro ter te feito algum mal; é possível, mas eu sinto que você só poderá realmente se mover desse lugar quando se responsabilizar pelo seu desconforto. Só quando você se responsabilizar pelo fato de você estar aqui parado nesse pacto de vingança. Você está claramente querendo que o outro sinta dor e a estratégia que está usando é ser indiferente. Está indiferente para tentar chamar a atenção do outro e, ao mesmo tempo, se vingando pelo fato de se sentir machucada. 

Quem é esse outro? Será que esse que você pensa que está brigando é mesmo quem você pensa que é? Será que é mesmo? Hum... Acho difícil que seja. Difícil. Você só briga com uma parte de si mesmo. A briga é resultado de uma projeção. Pode haver diferenças de opinião e conflitos por conta disso, mas você se perturbar por conta disso, é devido a uma projeção. Compreenda isso. Ninguém tem o poder de te perturbar. É só você quem tem o poder de permitir ser perturbado pelo outro por conta da identificação com algum aspecto da sua personalidade que exige que o outro seja de um jeito que ele não pode ser. Claro, que, às vezes, é uma situação difícil porque as relações são tão complexas e são tantos os arranjos feitos por conta das relações que, às vezes, você se vê em situações bem difíceis mesmo. Independentemente do grau de dificuldade, você tem, no mínimo, a possibilidade de ficar e transformar aquilo ou aceitar e deixar que o tempo resolva ou virar as costas e ir embora; são só três possibilidades. 

Agora, ficar em cima do muro fantasiando, não é inteligente, não é lúcido. Você será canal dessa lucidez se estiver acordada. Você se move em direção ao despertar, nesse caso, se você usar a autorresponsabilidade porque um dos elementos que alimenta o sonho é você achar que o outro é o errado. E repito: por mais que, às vezes, o outro esteja realmente errando, você já viu que quem está realmente alimentando o sofrimento é uma parte de você que diz: “Daqui não saio, daqui ninguém me tira”. Então, você está identificando uma parte em você que está escolhendo dizer não. Você está vendo uma parte em você que está escolhendo ficar isolada; uma parte em você que está escolhendo ficar nesse lugar se sentindo vitimizada e reclamando da vida e uma parte que está escolhendo brigar. Se é você quem está dizendo ‘não’, então, é só você quem pode dizer ‘sim’. Se é você quem está mantendo a sua mão fechada, é você quem pode abrir. Claro que, para isso, você terá de renunciar a esse gostinho de ver o sangue correr! Você terá de abrir mão desse prazer no sofrimento. 

Esses são desafios concretos que você acaba encarando quando se compromete a acordar, a renunciar à reclamação, a não se machucar e não machucar o outro enquanto se relaciona. Você pode se deparar com esses ‘nãos’, com essas obstinações, mas lidar com isso é bem prático. Você está de fato abrindo caminhos dentro de si, algo está se movendo. Você está abrindo os olhos, está começando a tomar consciência de que existe um sonho; portanto começou a acordar. Quando você está sonhando profundamente, você nem tem consciência de que está sonhando, mas quando começa a acordar se lembra dos sonhos e começa a avaliá-los. Começa a estudar seus sonhos: “O que que isso pode significar? O que isso quer dizer? Será que existe uma mensagem aqui para mim?” Como no exemplo da moça que percebeu uma ameaça de perder a consciência da condução do veículo, percebeu que existia perigo de ser tomada pelos vícios e pela luxúria. 

No outro exemplo, você começou a tomar consciência de que uma parte em você quer brigar. Você me pergunta: “O que fazer?” Será que você está realmente querendo me ouvir? Porque eu estou lhe dizendo: se você está dizendo ‘não’, você pode dizer ‘sim’. Se você está mantendo a mão fechada, pode abrir. Mas será que você está realmente disposta a abrir mão dessa sua briga? Quem é você sem um inimigo para brigar? Sua vida tem sentido sem ter alguém com quem disputar? I don’t know! Talvez não. E, aí, você tem de brigar mais um pouco. Brigar mais um pouco, mas sabendo que pode sair daí agora. Now! Assim fica mais claro perceber que é uma questão de escolha. Enquanto você não percebia, tudo bem; não era uma questão de escolha. Agora, está claro que se trata de uma questão de escolha: se você estiver carregando algo na sua mão e estiver consciente de estar carregando algo na sua mão e quer se livrar desse algo, depende de quem e do quê para que você largue esse algo que está na sua mão? Você precisa perceber que está doendo, espetando, um espinho te machucando; mesmo assim você está gostando do negócio. Aí, uma parte de você que diz: “Eu quero largar isso”. Mas será que está amarrado em você? Não está amarrado! É que você não quer largar, porque existe certo prazer em sentir o espinho entrando na carne. E você vai ter de arriscar tirar esse espinho e ficar sem prazer por algum tempo para ver o que acontece. Talvez, tenha até uma dúvida se você sobrevive sem esse ‘espinhozinho’. Aí, você vai ter de pagar para ver! 

Percebe como é simples? E que a complexidade é um truque da mente? 

O.K., vamos seguir jornada cada vez mais acordados.

Abençoado seja cada um de vocês. Receba a bênção do despertar. Até um próximo encontro.

NAMASTE.